O bebé Charlie Gard morreu esta sexta-feira aos 11 meses, anunciaram os pais. A criança britânica estava ligada a uma máquina de suporte de vida. Faria um ano no próximo dia 4 de agosto. A morte aconteceu depois de uma disputa legal entre os pais e a justiça inglesa.

Charlie foi diagnosticado, às 8 semanas de idade, com síndrome de depleção do ADN mitocondrial (SDM): um grupo de doenças caraterizadas por uma redução do número de cópias de moléculas de ADN mitocondrial (moléculas que trabalham com a energia e regeneração de células). Estas doenças podem afetar tecido de músculo, fígado e até o cérebro. A condição é geralmente fatal em recém-nascidos e crianças. Charlie era a 16.ª pessoa conhecida a ser diagnosticada com esta condição.

Os que sobreviveram chegam à adolescência e idade adulta em pequeno número. Não existe nenhum tratamento eficaz para nenhuma variante de SDM, apesar de alguns tratamentos preliminares e experimentais mostrarem uma redução dos sintomas.

A batalha legal entre o hospital e os pais arrasta-se desde abril, com os pais a exigirem o direito a submeterem o filho a tratamentos no estrangeiro. Por sua vez, o hospital recusou-se sempre a autorizar a saída da criança.

Um acordo foi conseguido esta semana quanto ao futuro do bebé, que foi colocado numa instituição de cuidados paliativos infantis, onde as máquinas teriam que ser desligadas ao fim de um curto período de tempo. Acabaram por ser desligadas esta manhã de sexta-feira.

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