O consumo de cerveja em Portugal no primeiro semestre aumentou 10% em termos homólogos, o que a manter-se este ritmo levará 2017 a ser “o ano com os maiores crescimentos da última década”, divulgou esta terça-feira a Nielsen.

O Dia Internacional da Cerveja comemora-se no próximo dia 4 de agosto e a Nielsen aponta que o consumo desta bebida está em crescimento no mercado português. “De acordo com os dados relativos ao primeiro semestre de 2017, este está a revelar-se um ano bastante positivo para a categoria de cervejas”, refere Tiago Aranha, diretor de desenvolvimento (‘development manager’) da Nielsen, citado em comunicado.

A manter-se este ritmo, 2017 será o ano com os maiores crescimentos da última década, apresentando um aumento em volume de 10% face ao primeiro semestre do ano anterior, com ambos os canais INCIM [cafés + snacks + restaurantes + bares + hotéis] e retalho [supermercados + hipermercados] a registarem incrementos a dois dígitos”, acrescentou o responsável.

No último ano, cerca de três milhões de lares consumiram cerveja em casa, o que representa 76% deste universo em Portugal, sendo que o número de visitas às lojas aumentou 11% neste período, “sendo este o principal ‘driver’ [motor] do crescimento do consumo de cerveja” no lar, refere a Nielsen. Depois de um período de quebra de consumo nos últimos anos, “a penetração de cerveja nos lares recupera em 2017, com aumentos significativos de frequência e de quantidade de consumo”, adianta.

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A “recuperação da conjuntura económica, o aumento do número de consumidores e as condições climatéricas favoráveis são três fatores-chave para que este crescimento se continue a verificar até ao final do ano”, acrescenta Tiago Aranha.

A cerveja é consumida maioritariamente por indivíduos entre os 26 e 45 anos, nomeadamente do sexo masculino, embora, segundo a Nielsen, “seja evidente um aumento do consumo de cerveja entre as mulheres”. As áreas da Grande Lisboa e do Litoral Norte são as que registam maior consumo de cerveja.

Entre as barreiras ao seu consumo, destaque para a sazonalidade, “uma vez que quase metade dos volumes vendidos desta categoria acontecem nos meses de verão”. Por isso, “é importante encontrar formas de potenciar o consumo fora desta altura do ano, de forma a conquistar mais consumidores regulares e a aumentar a frequência de compra”, aponta Tiago Aranha.