O consumo de eletricidade registou uma ligeira descida em julho, de 0,4%, na comparação com igual mês de 2016, ficando nos 4.235 gigawatt hora (GWh), segundo dados da REN – Redes Energéticas Nacionais.

Este comportamento deveu-se, segundo a REN, ao “efeito da temperatura que apresentou valores muito inferiores aos verificados no mesmo mês do ano anterior”. Com a correção dos efeitos de temperatura e dias úteis, a variação registada é de uma subida de 1,9%.

No final do mês a variação acumulada, de janeiro a julho, é ligeiramente positiva, com mais 0,2%, subindo para 0,8% com correção de temperatura e dias úteis, especifica a REN.

Em julho, o regime hidrológico manteve-se “particularmente seco”, com um índice de produtibilidade hidroelétrica de 0,37, enquanto na produção eólica o índice de produtibilidade se situou em 1,07.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Devido à reduzida produção hidroelétrica, as fontes renováveis abasteceram apenas 32% do consumo de eletricidade, a que acrescem as exportações.

Nas energias não renováveis, responsáveis pelos restantes 68%, destacou-se a produção a gás natural, com 1.984 GWh (42% do consumo), que “voltou a estabelecer o valor mensal mais elevado de sempre”, enquanto as centrais a carvão abasteceram os restantes 26%.

O saldo de trocas com o estrangeiro manteve-se “fortemente exportador” equivalendo a 11% do consumo nacional, refere a REN.

De janeiro a julho, a produção renovável abasteceu 43% do consumo, com as centrais hidroelétricas a representarem 13%, as eólicas 23%, a biomassa 5% e as fotovoltaicas 1,6%.

Naquele período, a produção não renovável respondeu aos restantes 57% do consumo, com as centrais a gás natural a representarem 32% e as centrais a carvão 25%, sendo que o saldo exportador registado equivale a 8% do consumo nacional.

Quanto ao mercado de gás natural, em julho, registou-se uma subida de 25% relativamente ao mesmo mês do ano passado, ou seja, manteve-se a tendência de crescimento tanto no segmento de produção de energia elétrica, no qual “se continuaram a registar sucessivos máximos históricos”, como no segmento convencional.

No final dos primeiros sete meses do ano, o consumo de gás natural apresenta uma variação acumulada de 37%, com crescimentos de 167% no mercado elétrico e 5,2% no mercado convencional.