O PCP retomou esta quarta-feira a ideia de fusão da PSP e da GNR numa só polícia, de “natureza civil”, mas não quer um debate à pressa, nem tem um calendário.

“Mais do que apresentar um projeto à pressa, o que nos parece necessário é que o debate se faça e a discussão tenha lugar”, afirmou Rui Fernandes, da comissão política do PCP, numa conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, sobre forças de segurança.

Apesar de não excluir apresentar um projeto de fusão no curto prazo, Rui Fernandes explicou que não deve haver “assuntos tabu” e que deve começar a discutir-se o assunto, em que as forças de seguranças sejam ouvidas.

Para o PCP, não se coloca uma questão constitucional, quanto à natureza da GNR, força militar, e a PSP, dado que na Constituição as Forças Armadas estão num capítulo e as forças de segurança noutro.

“Para o PCP, as forças e serviços de segurança devem ter uma natureza civil”, defendeu.

Rui Fernandes aludiu ainda aos problemas com que se debatem os agentes — “A atividade das forças e serviços de segurança e a vida dos seus profissionais continuam a ser marcados por muitos e variados problemas, com reflexos no direito das populações à segurança e tranquilidade públicas” — e garantiu que “não haverá melhor segurança enquanto a maioria dos respetivos profissionais se sentir desmotivada, anos a fio sem progressões na carreira, sem estímulos à formação, com meios materiais envelhecidos ou desadequados, com cargas horárias inadmissíveis, a aguardar há anos um subsídio de risco profissional“.

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