Os inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) vão avançar com uma greve geral, avança o Diário de Notícias. Em causa estão a falta de recursos humanos, nomeadamente no Aeroporto de Lisboa, e a ausência de repostas por parte da ministra da Administração Interna. O pré-aviso de greve, marcada para 24 e 25 de agosto (quinta e sexta-feira) foi entregue esta sexta-feira ao Governo.

No documento, o Sindicato da Carreira da Inspeção e Fiscalização (SCIF) explica que a paralisação se deve, sobretudo, à falta de respostas por parte de Constança Urbano de Sousa, e “considerando que a ministra da Administração Interna se prepara para levar a Conselho de Ministros, nas costas dos inspetores e sem qualquer negociação, uma Lei Orgânica que visa reduzir as capacidades operacionais do SEF e retirar-lhes valências fundamentais para a segurança nacional”, cita o Diário de Notícias.

O SCIF acusa ainda Constança Urbano de Sousa de não ter “demonstrado capacidade política para gerir os problemas que surgem nos serviços sob a sua tutela”, afirmando que as “tentativas de diálogo” com a governante “não se traduziram em decisões consequentes em matérias fundamentais para o funcionamento do SEF”.

Inspetores do SEF dão prazo a ministra até fim de julho e ameaçam com greve

A notícia surge cerca de uma semana depois de o principal sindicato dos funcionários do SEF, o SINSEF, ter ameaçado Constança Urbano de Sousa com uma greve geral caso não respondesse às principais reivindicações dos trabalhadores até ao final do mês de julho. “Considerando estar em causa o risco de regular funcionamento da segurança interna do país, o desrespeito pelo prazo fixado levará à marcação de períodos de greve”, adiantou na altura o SINSEF, citado pela Agência Lusa.

Os inspetores do SEF exigem o início das negociações da lei orgânica e do estatuto profissional, a abertura de um concurso externo de admissão de novos funcionários e avaliação dos elementos da carreira de investigação e fiscalização do SEF para que sejam concretizadas as promoções e progressões com previsão no próximo Orçamento de Estado. Além disso, pretendem ainda a finalização do Regime de Piquete e Prevenção, queixando-se da ausência de investimento em meios materiais considerados imprescindíveis.

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