O Presidente da República disse este sábado compreender que “certas realidades” sobre a atual situação da comunidade portuguesa na Venezuela sejam tratadas pelo Governo com discrição.

“O bom senso aponta para que haja matéria que o Governo trata, mas não divulga na praça pública”, afirmou o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, aos jornalistas, durante uma visita ao concelho de Góis, no distrito de Coimbra.

Segundo o Presidente da República, “há certas realidades que devem ser mantidas discretas”. Marcelo Rebelo de Sousa voltou ainda a criticar a criação de uma Assembleia Constituinte na Venezuela, por iniciativa do Presidente Nicolás Maduro, considerando que o novo órgão de soberania venezuelano “não parece um passo positivo” para “a estabilização política” deste país da América do Sul.

A Assembleia Constituinte traduz “um poder paralelo”, afirmou, sublinhado que “qualquer pessoa de bom senso percebe que não contribui para um Estado de direito democrático”.

A Venezuela atravessa uma grave crise política, com manifestações quase diárias contra o Presidente Maduro e que em quatro meses provocaram 120 mortos.

No domingo passado, a eleição de uma Assembleia Constituinte considerada ilegítima pela oposição ficou assinalada por atos de violência que provocaram dez mortos.

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