Há muito presentes nos mais variados processos de produção, ainda que sempre a laborar isolados dos humanos, os robôs podem estar cada vez mais perto de passar a coexistir lado a lado com o homem. Especialmente, depois de a Audi ter anunciado que decidiu retirar as barreiras que separavam os robôs dos trabalhadores na fábrica de Ingolstadt, colocando-os a trabalhar em conjunto na montagem dos modelos A4 e A5.

Segundo revela, em comunicado, a marca dos quatro anéis, a experiência está a ser levada a cabo numa estação de trabalho específica da linha de montagem em Ingolstadt, denominada “aplicação adesiva com a assistência de robôs”, na qual um trabalhador e um braço robotizado actuam em conjunto para colocar o opcional tecto em polímero de fibra de carbono reforçado, nas variantes RS5.

O processo começa com o humano a colocar o revestimento numa mesa rotativa, preparando-o para a entrada em acção do robô, o qual, após indicação do trabalhador, aplica a quantidade exacta e correcta de adesivo nas áreas pré-definidas. Concluída a tarefa, a máquina dá então sinal ao homem, que tem por missão retirar o tejadilho já pronto e instalá-lo no automóvel.

Aos fãs da ficção científica, apaixonados pelas teorias de uma possível revolta das máquinas contra os humanos, ou defensores acérrimos da salvaguarda do bem-estar do homem, importa referir que, apesar de trabalhar lado a lado com um humano, existem protocolos de segurança que impedem qualquer acção prejudicial ou atentatória da parte do braço mecânico. A começar pelo facto de o robô só entrar em acção uma vez accionado pelo próprio trabalhador, sendo que, mesmo depois disso, existem sensores que impedem que este tenha qualquer tipo de contacto físico com o homem. Caso tal aconteça, o braço mecânico fica de imediato imobilizado, ao mesmo tempo que é sinalizada uma perturbação no processo de fabrico.

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