A polícia federal iraquiana descobriu uma fábrica de agentes químicos pertencente ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) numa “campanha de limpeza” que está a realizar na parte antiga da cidade de Mossul, que recuperou em julho.

O comandante, Raid Shaker Yaudat, indicou este domingo em comunicado que a quinta divisão policial encontrou no local grandes quantidades de fosfato, cloro, soda cáustica e o composto C-4 (um tipo comum de explosivo plástico) que iam ser usados pelos ‘jihadistas’ para produzir explosivos químicos.

A unidade de Engenharia Química da polícia recolheu os materiais para serem analisados, acrescentou. O responsável frisou que as forças iraquianas continuam “a limpeza” das ruelas da zona velha de Mossul, no oeste da cidade setentrional, dos “desperdícios do Daesh” (acrónimo em árabe do EI) para desativar os artefactos explosivos e retirar o que restou após a ofensiva contra os ‘jihadistas’.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Comissão Internacional da Cruz Vermelha (CMVM) asseguraram em março passado que tinham registado vários casos de doentes que tinham estado expostos a agentes tóxicos químicos durante a ofensiva para expulsar os ‘jihadistas’ de Mossul, o seu principal bastião no Iraque.

O primeiro-ministro iraquiano, Haidar al-Abadi, anunciou a 10 de julho a libertação total de Mossul, embora o EI ainda controle territórios como a comarca de Tel-Afar, a oeste da cidade, e outras zonas próximas da fronteira com a Síria.

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