Os socorristas russos tentaram esta segunda-feira entrar em contacto com oito mineiros desaparecidos desde sexta-feira numa mina siberiana da companhia Alrosa, que é a primeira produtora mundial de diamantes, informou a empresa russa.

De acordo com as autoridades, cerca de 300.000 metros cúbicos de água inundaram a mina de Mir, na República de Sakha, na Sibéria. O acidente na mina foi provocado por um problema numa estação de bombagem. Foram retirados do local 134 mineiros, mas outros oito continuam desaparecidos. Os socorristas especializados começaram no domingo a explorar as galerias da mina para encontrar os mineiros.

Esta segunda-feira, os socorristas já foram “capazes de atravessar várias centenas de metros de túneis congestionados” e “espera-se que agora realizem uma tentativa de fazer contacto com as pessoas presas por meio de um tubo de drenagem”, informou num comunicado a Alrosa. A tarefa do resgate é complicada pela lama que obstrui alguns túneis e que deve ser retirada para dar continuidade às buscas.

Duas bombas com capacidade de 1.250 metros cúbicos por hora foram instaladas para evitar que as galerias sejam novamente inundadas. A mina subterrânea Mir situa-se num campo explorado desde 1958 na República de Sakha, nome oficial da imensa região de Iakutia, no extremo oriente russo, a mais de 4.000 quilómetros à leste de Moscovo.

Foi uma grande pedreira a céu aberto até 2001 e a sua exploração foi retomada em 2009 sob a forma de uma mina, que hoje produz um milhão de toneladas de minérios por ano, cerca de 10% da produção da Alrosa. A gigante controlada pelo Governo russo, cuja receita anual ultrapassou quatro mil milhões de euros no ano passado, disse que iria rever os seus planos de produção a 19 de agosto.

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