A mulher do presidente francês Emmanuel Macron, Brigitte Macron, não terá, oficialmente, o estatuto de primeira-dama de França. Após uma petição que já tinha sido assinada por mais de 280 mil pessoas a pedir que não fosse criado o cargo, os assessores do Eliseu garantem, segundo o The Guardian, que o papel de Brigitte vai ser público e não político. Além disso, a presidência diz que tudo será esclarecido de forma “transparente” no “final de agosto ou início de setembro”.

O candidato tinha prometido, durante a campanha eleitoral, que iria definir o papel da sua mulher, de forma a “acabar com a hipocrisia” relativamente aquele cargo (que existia apenas de forma informal e não está previsto na Constituição). Um dos primeiros atos de Macron foi, aliás, criar um grupo de trabalho para discutir o papel da primeira dama.

Uma sondagem da YouGov divulgada em maio na edição francesa do Huffington Post indicava que 68% dos inquiridos se opunham ao facto do cônjuge do chefe de Estado ter um cargo oficial.

Entretanto, o porta-voz do Governo, Christophe Castaner voltou a escrever no Twitter que Brigitte Macron tem uma função e responsabilidades que decorrem dessa função e que é necessário “transparência”. Escreveu também que “não haverá nenhuma revisão da constituição, nenhum novo orçamento, nenhum salário para Brigitte Macron”, apelando “Pare a hipocrisia!”

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