O regime convocou e os norte-coreanos compareceram. Esta quarta-feira, “dezenas de milhares” de pessoas estiveram reunidas na Praça Kim Il Sung com palavras de apoio incondicional ao líder do país.

Com a preparação de um ataque militar à ilha norte-americana de Guam em curso — essa missão deverá concluída a meio deste mês, ficando tudo a postos para um OK de Kim Jong-Un que desencadeará o lançamento de quatro mísseis –, os norte-coreanos encheram a praça com cartazes de apoio ao regime. “Vamos transformar-no em balas e bombas que defendem com devoção o respeitado líder supremo, o camarada Kim Jong-Un!” e “Apoiamos plenamente a declaração do Governo, recusando categoricamente a resolução das sanções contra a Coreia do Norte!”, escreve o El Mundo citando agência oficial KCNA de Pyongyang.

Coreia do Norte já tem data para atacar a ilha norte-americana de Guam

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A manifestação de força pública, por parte do regime norte-coreano, acontece em sintonia perfeita com a apresentação de um plano detalhado sobre as condições em que Jong-Un admite conduzir o ataque contra o território dos EUA. A escalada do tom entre responsáveis de Washington e Pyongyang foi de tal forma acentuada que, em menos de 48 horas, as palavras deram lugar aos planos concretos para um confronto bélico.

Primeiro, o presidente dos EUA ameaçou dar uma resposta com “fogo e fúria como o mundo nunca viu” a novas ameaças aos norte-americanos.

É melhor que a Coreia do Norte não faça mais ameaças aos Estados Unidos. Vão enfrentar fogo e fúria como o mundo nunca viu”, disse DonaldTrump.

A Coreia do Norte respondeu com o plano de ação para um ataque com quatro mísseis Hwasong-12 que cruzariam os céus de Shimane, Hiroshimae Koichi, no Japão, atingindo a costa da ilha de Guam, a uns 30 a 40 quilómetros daquele território. O gesto pretende ser uma “advertência crucial” do líder norte-coreano aos Estados Unidos.7

“O plano estará concluído em meados de agosto”, dizia a agência oficial do regime. “Depois, será informado o comandante supremo e aguardar-se-á pelas suas ordens” para desencadear o ataque. “Este passo sem precedentes vai realizar-se para reforçar a coragem e confiança numa vitória certa do povo coreano”, concluía a informação divulgada pela agência.