O Benchmark, um dos fundos de investimento da Uber, apresentou esta quinta-feira uma ação judicial no Tribunal de Delaware, nos Estados Unidos, contra Travis Kalanick, o antigo presidente-executivo e um dos fundadores da startup.

O investidor acusa Kalanick de fraude, violação de contrato e violação de deveres, noticia o The New York Times. De acordo com a ação judicial, citada pelo jornal, a posição de Travis Kalanick no conselho de administração da Uber “é, portanto, imprópria e desigual, e deve ser considerada inválida”.

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Um porta-voz do Sr. Kalanick disse que este processo está “completamente cheio de mentiras e falsas alegações”, acrescentando ainda que o Benchmark está a agir em cumprimento com os “seus próprios interesses” e não com os da Uber. “Travis Kalanick está confiante de que estas afirmações sem fundamento serão rejeitadas”, revelou o porta-voz do ex-presidente-executivo.

Este processo é o resultado de uma luta para afastar Kalanick do conselho de administração da Uber. No final de junho deste ano, os maiores acionistas da Uber pediram a sua saída imediata do cargo de presidente-executivo, através de uma carta intitulada “Moving Uber Forward” (em português, “Andar com a Uber para a frente”). Travis Kalanick acabou mesmo por renunciar ao cargo e anunciou no início de agosto que não vai fazer parte do “novo capítulo” da empresa.

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Já no início do ano, outros executivos da Uber deixaram a empresa depois de terem sido acusados de assédio sexual e da criação de uma cultura machista e discriminatória dentro da corporação. A acusação partiu da ex-engenheira informática da Uber, Susan J. Fowler, através de uma publicação no seu blogue pessoal. Na sequência da denúncia de Fowler, a Uber contratou um antigo Procurador-geral, Eric Holder, para investigar caso.

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