O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, reafirmou no domingo o seu empenho na busca da paz no país, assinalando que o povo quer tranquilidade e reconciliação nacional, escreve o jornal Notícias esta segunda-feira, o maior diário de Moçambique.

Tudo faremos para que este processo não possa encalhar por causa da vontade de algumas pessoas, porque o povo quer a paz, quer a reconciliação e não quer o país dividido“, declarou Filipe Nyusi num comício no distrito de Búzi, província de Sofala, centro do país.

O chefe de Estado moçambicano destacou que a estabilidade é uma condição essencial para o desenvolvimento socioeconómico do país, exortando a população de Sofala a empenhar-se no trabalho.

A paz é o veículo, mas o trabalho é essencial. Sofala está a trabalhar, estamos maravilhados pela positiva, porque, das 308 mil toneladas de produtos alimentares atingidas na época passada, Sofala passou agora para 730 mil toneladas”, disse Filipe Nyusi.

As perspetivas de uma paz duradoura no país foram animadas pelo encontro entre o chefe de Estado moçambicano e o líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), Afonso Dhlakama, há uma semana, na serra da Gorongosa, província de Sofala, onde o último vive refugiado. Apesar de o Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e a Renamo terem assinado em 1992 o Acordo Geral de Paz, o país é assolado por surtos de violência política na sequência da recusa do principal partido da oposição em reconhecer a derrota nas eleições. Governo e Renamo estão a negociar o pacote legislativo autárquico e a integração de homens armados do principal partido da oposição nas Forças de Defesa e Segurança (FDS) ou sua desmobilização.

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