A venda de casas em Portugal aumentou 30% na primeira metade do ano, o que representa cerca de 80 mil casas, escreve esta segunda-feira o Dinheiro Vivo.

Os números são avançados por Luís Lima, o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária (APEMIP), que explica àquela publicação que entre as razões para o crescimento estão a procura por investidores estrangeiros — com vistos gold –, o crescimento do alojamento local e as menores taxas de depósitos, que levam os portugueses a investir mais no imobiliário.

Mantendo-se o ritmo, este ano poderá ser o melhor de sempre para a habitação desde 2010, acrescenta o Dinheiro Vivo, citando o responsável da APEMIP, que se mostra “otimista, agora que foi criada uma nova Secretaria de Estado para a Habitação“.

Além dos estrangeiros que chegam pelos vistos gold, há também uma crescente procura de habitações usadas com o objetivo de serem transformadas em alojamento local, detalha o Dinheiro Vivo.

Outro detalhe dos números deste ano é que há cada vez mais casas a serem compradas a pronto, utilizando o crédito habitação apenas como complemento.

A baixa remuneração dos depósitos ajuda a explicar o fenómeno: parece mais rentável investir em imobiliário do que depositar o dinheiro no banco, e os números mostram um decréscimo no dinheiro que é depositado. Na primeira metade do ano, foram depositados na banca nacional 32.799 milhões de euros, menos 3.681 milhões do que no mesmo período do ano passado.

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