O Banco Central de São Tomé e Príncipe (BCSTP) coloca em circulação a 1 de janeiro de 2018 novas notas da moeda nacional, dobra, no âmbito de um processo de reforma monetária, anunciou esta terça-feira o governador Hélio Almeida.

O lançamento será feito no dia 25 deste mês em cerimónia pública com a presença dos órgãos de soberania, mas as novas moedas e notas só entrarão no circuito comercial em janeiro próximo, desta vez com menos três zeros.

“Nós planeamos para este ano fazer o lançamento porque as condições de estabilidade macroeconómicas e de convergência nominal das principais variáveis de que norteiam o funcionamento da economia estão reunidas”, disse o governador.

“A supressão de três zeros em momento algum pressupõe a perda do poder de compra”, acrescenta Hélio Almeida.

O Banco Central são-tomense vai colocar no circuito comercial seis denominações de notas e cinco de moedas e nos próximos quatros meses serão feitas campanhas de sensibilização e de esclarecimento dos cidadãos.

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“Acredito que o cronograma que foi aprovado pelo Conselho de Administração reúne as condições todas que são necessárias para que possamos ser bem-sucedidos com esse processo de reforma monetária”, explicou.

Em 2017 completam-se 40 anos da institucionalização da moeda são-tomense, que ao longo deste período já sofreu duas reformas – uma em 1977 e outra em 1997 – e sete anos depois do estabelecimento do acordo de paridade cambial fixa com Portugal, o governador do BCSTP acredita que esta terceira reforma monetária tornará a moeda são-tomense “mais forte”.

“Hoje já há uma convergência nominal e queremos uma dobra mais forte. Se nós formos ver, volvidos sete anos do acordo de paridade fixa da dobra face ao euro, hoje quando nós olhamos, o nível de inflação está em torno dos 5%”, explicou.

“Claro que teremos uma dobra mais forte, mais segura e incontornavelmente o contributo da moeda na atividade do setor bancário será maior”, acrescentou.