Um estudo recente publicado no Journal of Public Health (jornal de saúde pública) conclui que as mulheres que têm o primeiro filho depois dos 30 anos vivem mais tempo. Apesar do discurso dominante na medicina, que avisa para os riscos acrescidos para o bebé e para a mãe, que resultam das gravidezes tardias, este estudo estabelece uma correlação entre a maternidade depois dos 30 anos e a longevidade.

As conclusões são referidas pelo El Español que dá como exemplos de mães famosas tardias as atrizes Penélope Cruz e Eva Mendes. O jornal lembra as conclusões de um outro estudo, com data de 2014, segundo o qual as mulheres que são mães pela primeira vez por volta dos 33 anos vivem mais do que aquelas que dão à luz mais cedo.

Apesar destes resultados, os estudos não indicam uma causa biológica ou genética para explicar este fenómeno, admitindo-se que a explicação esteja nas condições ambientais e sociais. Em regra, as mulheres que atrasam a maternidade têm qualificações mais elevadas e uma posição económica mais sólida, o que lhes dá um maior acesso a alimentos saudáveis e a cuidados de saúde.

Outra causa possível é a de que a partir de uma certa idade é mais difícil conseguir engravidar, pelo que as mulheres maduras que o conseguem podem ter um condições genéticas associadas a uma maior longevidade.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), as mulheres portugueses têm filhos cada vez mais tarde. Em 2016, as mães tiveram, em média, o primeiro filho aos 30,3 anos.

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