O Porsche 911 Turbo S é um desportivo fantástico, e um dos poucos que se pode utilizar no dia-a-dia, para ir para o trabalho, por exemplo, para depois, aos fins-de-semana, nos deliciar com as suas acelerações e eficácia numa estrada sinuosa ou até em pista, num hipotético track day. Está claro que uma máquina com 540 cv e capaz de atingir 320 km/h é algo raro de encontrar, o que, aliado à exclusividade, acaba por explicar um preço na ordem dos 237 mil euros. Isto em Portugal, onde este tipo de veículos é tradicionalmente mais caro do que na maioria dos restantes países, meramente por motivos fiscais.

Vem isto a propósito da Porsche Exclusive, o departamento da marca germânica destinado a personalizar cada desportivo à vontade do freguês. Literalmente. O catálogo das opções nunca mais acaba, ou termina no saldo da conta bancária… Quer um exemplo? Aqui vai: uma modesta pintura, com o chamativo nome Python Green Chromaflair, é proposta por 82.645€. Um valor que coloca este balde de tinta e pouco mais (por muito sofisticada que seja a tinta e o método de aplicação, continua a não incluir ouro ou quaisquer pedras preciosas) algures entre os 118 mil euros pedidos pela versão base do 911 Carrera e os 64.000€ de um 718 Cayman, excelentes desportivos com 370 e 300 cv, respectivamente, e que são entregues aos clientes já pintados. Mas, obviamente, não em Python Green.

Em parte, este preço extraordinariamente elevado pelo revestimento Chromaflair deve-se ao facto de a Porsche apenas pintar cinco modelos por ano, que além deste verde, também existe em azul, dourado e violeta. Diz quem já viu um modelo pintado com o Python Green Chromaflair que a cor tem efeitos opalinos, vulgo leitosos, que variam nas zonas mais curvas entre o verde mais escuro e o quase amarelo. É possível que seja mesmo assim, mas pode haver outra explicação: a “testemunha” estar a sofrer de uma crise de tonturas, depois de saber qual o preço da pintura.

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