Tecnologia que promete inaugurar uma nova era no transporte, a condução autónoma é, actualmente, um dos desafios mais excitantes e disruptivos no seio da indústria automóvel, com o número de construtores envolvidos nesta corrida a crescer a olhos vistos, todos os dias. Entre estes, a Ford dá mostras de figurar no pelotão da frente, especialmente depois de ter registado aquela que será a primeira patente de volante e pedais removíveis.

Segundo revela a própria marca norte-americana, o projecto, entretanto já patenteado, vem permitir não só “a instalação temporária de um volante para fins de desenvolvimento, como permite [num carro autónomo] a disponibilização de um volante como equipamento opcional, a pedido do cliente“.

Com a instalação desta solução tecnológica nos modelos do futuro, os veículos passarão assim a dispor do tradicional habitáculo, com locais próprios e específicos onde será possível acoplar um volante e pedais, ambos fixados através de sistemas de trancamento. Sendo que, sempre que não estiverem a ser utilizados, tampas ou revestimentos esconderão os encaixes, contribuindo para a apresentação de um espaço frontal “limpo”.

Ao mesmo tempo, e com o propósito de garantir a segurança do condutor, seja em que situação for, o veículo passará a contar com dois airbags: um no volante e outro no tablier. Cabendo, a partir daí, a um sistema de sensores detectar qual deles deverá ser accionado – se o do volante, no caso de este estar acoplado, ou o do tablier – na sequência do impacto.

Ainda de acordo com a Ford, o volante amovível poderá continuar a manter uma ligação física com a estrada, através do recurso à instalação de um eixo canelado. Ou, em alternativa, recorrendo a uma ligação electrónica by-wire, se bem que, pelo menos para já, tal levante outros problemas de realização (por exemplo, uma sensação demasiado artificial).

De resto, a mesma situação se coloca relativamente aos pedais, com a marca da oval a avançar a possibilidade de recorrer, neste caso, a fixadores e a um encaixe instantâneo com carga de mola, nos casos do acelerador e travão de pé. Embora ambos possam utilizar, em alternativa, “um actuador electrónico operado por um software específico e programado para simular a sensação de resistência transmitida pelo pedal do travão”.

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