O mercado de fusões e aquisições em Portugal registou 37 transações em julho, com o país a somar desde o início do ano um total de 12 mil milhões de euros em operações.

Segundo dados divulgados no relatório mensal de M&A da Transactional Track Record, “de janeiro a julho de 2017, Portugal já soma 214 operações e valor total de 12 mil milhões de euros, um expressivo crescimento de 240% em relação ao mesmo período do ano passado”.

A “transação do mês”, segundo destaca o relatório, vai para a VINCI Airports, a empresa francesa que atua como gestora de aeroportos, e que concluiu em julho a aquisição de uma participação de 51% no capital social da LFP – Lojas Francas de Portugal, da TAP Air Portugal, com o valor da operação a fixar-se nos 15,6 milhões de euros.

O subsetor que mais se destacou em julho, refere, foi o dos ‘Transportes, Aviação e Logística’, com cinco transações, seguidas dos segmentos ‘Financeiro’ e ‘Seguros e Distribuição e Retail’, que no acumulado do ano cresceram juntos 36%.

Entretanto, o setor Imobiliário permanece como o mais ativo do ano, com um crescimento de 29% em relação ao ano anterior, com 36 transações realizadas no mesmo período.

De acordo com o relatório, se até 2016 os Estados Unidos eram o país que mais investia na aquisição de empresas portuguesas, em 2017 o cenário mudou e o destaque passou a ser a Espanha.

“O vizinho ibérico já adquiriu, ao longo deste ano, 23 empresas em território nacional” e investiu 1,14 mil milhões de euros, refere.

Os EUA registaram dez aquisições que totalizaram mais de 1,1 mil milhões de euros, enquanto o Reino Unido fez 11 aquisições com valor de 557 milhões.

Os investimentos de Portugal no mercado estrangeiro concentraram-se, por sua vez, na Grécia e França, onde o país fez as maiores aquisições do ano (500 milhões e 29 milhões, respetivamente).

Por outro lado, em Espanha foram feitas quatro aquisições só nos sete primeiros meses de 2017, acrescenta.

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