O propulsor a gasóleo que a marca nipónica disponibiliza em propostas como o anterior Civic ou os crossovers HR-V e CR-V, o 1.6 i-DTEC, acaba de ser profundamente revisto, em prol de uma maior eficiência e desempenho. A chegada ao mercado está prevista, na Europa, para 2018.

Registando, segundo a Honda, evoluções significativas tanto ao nível do próprio motor, a começar numa redução na fricção dos cilindros, bem como no sistema de escape, o renovado 1.6 i-DTEC, que mantém os 120 cv de potência às 4.000 rpm e os 300 Nm de binário às 2.000 rpm, anuncia agora um consumo de combustível de 3.7 l/100 km e emissões de CO2 de 99g/km, já segundo o novo ciclo WLTP (Procedimento de Teste Global harmonizado para Veículos Ligeiros – Worldwide Harmonized Light Vehicle Test Procedure). Curiosamente, apenas mais 0,1 litros do que o mesmo motor, antes das modificações introduzidas, reivindicava segundo o método de medição NEDC (New European Driving Cycle).

Este 1.6 i-DTEC é uma das primeiras unidades Honda a ser oficialmente testada segundo este novo ciclo de consumos e emissões WLTP, que entrará em vigor este ano. E que, ao contrário do ciclo NEDC , que se baseia num perfil de condução teórico, foi desenvolvido usando dados obtidos em situações de condução real, recolhidos em todo o mundo.

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Ainda segundo a Honda, esta unidade foi também uma das primeiras a ser oficialmente submetida aos novos testes RDE (Real Driving Emission – Emissões Reais de Condução), como forma de validar as emissões de NOx e nível de partículas emitidas. Beneficiando, logo à partida e entre outros aspectos, do facto de contar com um inovador sistema de armazenamento e conversão de NOx, com catalisadores de maior dimensão e fabricado com metais nobres (prata, platina e neodímio), que armazenam os óxidos de azoto até ao ciclo de regeneração. A partir daí, cabe a um novo sensor detectar quando o ciclo de regeneração é necessário, garantindo assim um aumento da vida útil dos componentes de escape.

Ainda no domínio das soluções técnicas, o renovado 1.6 i-DTEC conta com novos pistões com melhor fluxo de ar, além de ter visto o seu peso reduzido, graças a uma cambota redesenhada e também ela mais leve, assim como a um bloco do motor em alumínio de alta pressão, com um novo canal de refrigeração aberto (open-deck). Ao mesmo tempo, e fruto da introdução de reforços adicionais no bloco, não só a sua rigidez estrutural foi aumentada, como passou a existir, segundo o fabricante, um melhor controlo do ruído e vibrações.

Produzido na fábrica da Honda no Reino Unido, mais concretamente em Swindon, o renovado turbodiesel começará por ser disponibilizado em todas as variantes do novo Honda Civic, já a partir de 2018, altura em que será igualmente introduzida uma nova transmissão automática de nove velocidades, a primeira aplicação deste componente num carro de duas rodas motrizes.