A produção de cereais de outono/inverno deverá registar uma “diminuição generalizada” devido à seca, mas para o tomate as previsões são positivas, como para a vinha, a batata de regadio e os pomares, segundo o INE.

As previsões agrícolas, em 31 de julho, divulgadas esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), apontam para uma diminuição generalizada na produção de cereais de outono/inverno, de 20% em termos gerais, face a 2016, “consequência das condições adversas (temperaturas muito elevadas e baixos teores de humidade do solo) em que decorreram grande parte do ciclo cultural”.

No tomate para a indústria, as perspetivas apontadas são de “uma boa campanha”, prevendo o INE um aumento da produtividade, que deverá rondar as 94 toneladas por hectare, ou seja, mais 5% face a 2016.

As vinhas também apresentam um avanço de desenvolvimento de duas semanas e, “apesar de algumas manifestarem sintomas de ‘stress’ hídrico, prevê-se um aumento no rendimento unitário de 10% face à vindima anterior”.

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Também na batata de regadio esperam-se aumentos no rendimento unitário, com uma subida de 10% na comparação com a anterior campanha.

Quanto ao arroz e ao girassol, a expetativa é de manutenção das produtividades alcançadas em 2016.

Os pomares apresentam, de um modo geral, avanços significativos no ciclo vegetativo, perspetivando-se aumentos de 20% na produtividade da maçã, pera e pêssego, face à “má campanha” do ano passado.

Quase 79% de Portugal continental encontrava-se em julho em situação de seca severa e extrema, segundo o boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que caracterizou aquele mês como “quente e muito seco”.