A estreia de Neymar na Ligue 1 já tinha ficado marcada por um golo e uma assistência frente ao Guingamp, mas nem por isso o avançado brasileiro esgotou o stock de magia. Longe disso. E no primeiro jogo feito no Parque dos Príncipes, foi o maior rei do PSG com dois golos, duas assistências e um verdadeiro show de bola.

Contra a corrente do jogo, Max Gradel até adiantou o Toulouse na partida, mas o número 10 não demorou a fazer o empate e Rabiot, após combinação com Neymar, apontou o 2-1 ainda antes do intervalo. A expulsão de Verratti por acumulação de amarelos ainda ameaçou complicar a vida do PSG, mas o rolo compressor ofensivo voltou a acelerar: Cavani marcou o 3-1 de penálti (falta sofrida pelo brasileiro), Jullien ainda reduziu, mas Pastore, Kurzawa (após outra assistência do ex-Barça num canto) e Neymar, numa jogada onde fintou meio mundo no espaço de uma cabine telefónica, fecharam as contas de mais uma goleada do vice-campeão francês.

Pelo meio, e além do lance do último golo do encontro que vale mesmo a pena ver, Neymar ainda teve uma finta verdadeiramente fabulosa recordando os melhores dos melhores no futsal, como o português Ricardinho. É aquilo que, por cá, ficou conhecido como o “cabrito”. Foi mesmo um banquete de futebol.

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Mas o dia não ficou apenas marcado pelo que fez com os pés: durante o minuto de silêncio em memória das vítimas do atentado de Barcelona, cidade onde viveu nos últimos quatro anos, Neymar chegou mesmo a emocionar-se, numa imagem captada pelas câmaras. Mais tarde, após o encontro, o brasileiro carregou… sobre os dirigentes blaugrana.

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“Na verdade, fico triste com o que se passa. Passei quatro anos ali e fui muito feliz. No princípio, fui muito feliz. Passei quatro anos bons e fui feliz, mas com eles [direção do Barcelona] não. Para mim, são pessoas que não deveriam estar à frente dos destinos do Barça, que merece muito mais e toda a gente sabe disso. Espero que as coisas melhorem e que voltem a ser uma equipa capaz de rivalizar com os demais”, referiu na zona mista.

Recorde-se que, depois da saída do avançado, os catalães mergulharam numa crise agora atenuada pelo triunfo frente ao Betis por 2-0. Uma crise que veio soar ainda mais os alarmes com uma notícia que dava conta da alegada vontade do Manchester City bater a cláusula de 300 milhões de euros por Messi, algo que os ingleses acabaram por desmentir a alguns meios de comunicação mais tarde.

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“Não está fácil, ainda me estou a adaptar à equipa e sinto que preciso melhorar, mas estou feliz pelos dois primeiros jogos. Homenagens da torcida? Fico feliz, o Raí foi um dos ídolos da minha mãe, que era são-paulina, Fico feliz por voltar a ter uma música brasileira cantada no estádio”, acrescentou ainda sobre a adaptação da música ‘Aquarela do Brasil’ ao seu nome, algo que já tinha acontecido na década de 90 com Raí.