Said Aallaa tinha 18 anos. Faria 19 na próxima sexta-feira. Tinha o sonho de ser futebolista e jogava, por ora, no clube da terra natal Ripol, o Sant Quirze de Basora.

Em Ripol era tido como ” muito trabalhador” e “educado”, como explicou à agência France-Presse a proprietária do bar onde Said trabalhou — e que ficava a poucos minutos da sua casa, na Plaza Gran. Na última quinta-feira, o dia do atentado em Las Rambla, Said almoçou, recebeu um telefonema e saiu da casa. “[Said] recebeu um telefonema de um amigo por volta das três da tarde e disse aos pais que iria dar uma volta”, explicou à France-Presse Yasmila, amiga desta família de origem marroquina e, agora, porta-voz da mesma.

Pouco depois de o jihadista ser abatido (juntamente com Omar e Mohamed Hychami, Houssaine Abouyaaqoub e Moussa Oukabir) em Cambrils, na madrugada de sexta-feira, a polícia revistou a casa dos pais de Said Aallaa e encontraria vários telemóveis e computadores pertencentes ao jovem, assim como uma breve carta em que este se despedia da família. O El País transcreve-a esta segunda-feira: “Peço perdão a quem prejudiquei por estes dias. Muito obrigado por tudo o que me deram”.

Said Aallaa é um dos 12 suspeitos de envolvimento no atentado que resultou na morte de 13 pessoas em Barcelona e outra em Cambrils e fez mais de 100 feridos em Barcelona.

Um dos suspeitos (Younes Abouyaaqoub, um marroquino de 22 anos) continua a ser procurado pela polícia; cinco foram abatidos em Cambrils; dois morreram na explosão em Alcanar um dia antes do ataque; quatro foram detidos pela polícia.

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