Entre quatro e cinco mil salmões do Atlântico de viveiro escaparam das redes para as águas do Pacífico, no passado fim-de-semana, em Washington. A empresa Cooke Aquaculture, responsável pela sua produção, culpa o eclipse. Já os ambientalistas rejeitam a ideia, de acordo com a revista Quartz.

A culpa está no eclipse total do sol, diz Cook Aquaculture. Os eclipses solares, por norma, causam marés mais altas do que o normal por causa do alinhamento do sol e da lua com a Terra. Foi precisamente essa maré alta que provocou uma falha nas redes que mantinham os peixes em cativeiro, segundo a empresa. Já os ambientalistas apontam que as falhas nas redes eram muito anteriores ao fenómeno de 21 de agosto e inclusive tinham sido reportadas.

No entanto, os problemas podem ir muito além da perda económica. O estado de Washington pensa que a mistura de espécies – salmão do atlântico e salmão do pacífico – pode ter um impacto significativo no ecossistema. Teme-se que a espécie invasora acabe com o alimento dos nativos, se reproduzam, criem espécies híbridas ou ainda transmitam piolhos aquáticos.

As opiniões divergem neste campo. John Volpe, professor da Universidade de Victoria, estuda a introdução do salmão atlântico nestas águas, disse ao The Global and Mail que não existem provas suficientes que indiquem que estes peixes vão afetar a região.

O Departamento de Vida Selvagem de Washington está a incentivar os pescadores locais, recreacionais e comerciais, a capturar o maior número de salmões atlânticos possível.

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