A Fundação Macau (FM) já recebeu os primeiros pedidos de subsídio de morte, apresentados por familiares de duas vítimas mortais do tufão Hato, que matou dez pessoas desde quarta-feira. Na quinta-feira, a FM anunciou três tipos de apoios financeiros para as vítimas do tufão, incluindo um montante de 300 mil patacas (31,5 mil euros) a atribuir a familiares de cada vítima mortal.

Os primeiros pedidos vieram dos familiares de um homem e uma mulher que morreram na cave de uma mercearia localizada na Rua Cinco de Outubro. “A Fundação já teve o primeiro contacto com alguns familiares (…) e fomentou a união de esforços entre associações para ajudar os familiares das pessoas falecidas na Rua Cinco de Outubro na recuperação da sua loja inundada”, lê-se num comunicado divulgado esta sexta-feira. O organismo vai manter o contacto com as famílias das vítimas de modo “a atribuir-lhes tão breve quanto possível o subsídio por morte de 300 mil patacas”, acrescenta o comunicado.

Além dos montantes para famílias de vítimas mortais, vai ser disponibilizado um “subsídio de assistência médica de valor não superior a 30 mil patacas (cerca de três mil euros) aos residentes de Macau que ficaram feridos por causa da passagem” do Hato, o pior tufão a atingir Macau em 50 anos. Para receberem este montante, os feridos terão de ter sido assistidos pela primeira vez no Centro Hospitalar Conde de São Januário, no Hospital Kiang Wu ou no Hospital da Universidade de Ciência e Tecnologia, no dia do tufão (quarta-feira) ou no seguinte.

Não ficou claro se os trabalhadores não residentes (que perfazem mais de um quarto da população) são abrangidos por este subsídio, já que este tipo de apoios é habitualmente apenas destinado aos portadores de Bilhete de Identidade do Residente.

O mesmo valor, um máximo de 30 mil patacas, será atribuído às famílias que “sofreram estragos nas suas residências provocados pela intrusão de água do mar causada pela passagem do tufão, ou com janelas partidas ou vidros quebrados”. Duas mil patacas (210 euros) serão disponibilizadas às famílias “afetadas pelo corte do abastecimento de eletricidade e água”, sendo este subsídio “acertado” com as empresas de abastecimento de eletricidade e água, esclareceu a FM.

A passagem do tufão provocou cortes no abastecimento de eletricidade e água, que não foi ainda totalmente restabelecido.

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