Um novo tufão deve atingir Macau no domingo, informaram as autoridades esta sexta-feira, sem afastar a possibilidade de içar o sinal 8 de tempestade, numa escala de 10, quatro dias depois da passagem do Hato, que causou nove mortos.

A porta-voz dos Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) disse à Lusa que a tempestade tropical Pakhar deve passar próxima de Macau às 12h00 (5h00 em Lisboa) de domingo, depois de atravessar as Filipinas, em direção ao mar do Sul da China, no sábado, movendo-se para noroeste em direção à costa da província de Guangdong.

Macau deve içar o sinal número 1 amanhã [sábado], dia 26, e existem altas possibilidades de ser içado sinal superior mais tarde”, explicou Vera Varela.

No entanto, “devido à incerteza da trajetória e força da tempestade tropical não está descartada” essa hipótese [de aumentar o sinal], “caso este se desvie mais para oeste, ou seja, para próximo de Macau”, ressalvou a porta-voz, indicando que o Pahkar deverá ‘tocar’ terra entre Zhanjiang (na província vizinha de Cantão) e Macau. A porta-voz dos SMG alertou que “as inundações podem vir a ser mais sérias“, se este cenário se verificar. “A população deve tomar todas as medidas de precaução necessárias e manter-se atualizada sobre as últimas informações”, sublinhou Vera Varela.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10. A passagem do Hato por Macau na quarta-feira levou as autoridades a hastear o sinal máximo, o que não sucedia desde 1999. Macau sofreu um apagão generalizado nesse dia provocado pela aproximação daquele que foi o tufão mais forte em 50 anos.

A Companhia de Eletricidade de Macau (CEM) informou que às 10h00 desta sexta-feira (3h00 em Lisboa) 5.500 de clientes estavam ainda sem luz, 2,2% do total, nas zonas da Almeida Ribeiro, Fai Chi Kei e Ilha Verde. O abastecimento de água foi gravemente afetado e ao início da tarde desta sexta-feira, ao fim de três dias, continuava sem estar totalmente restabelecido e a Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau (SAAM) não garante que o problema fique hoje resolvido.

A península de Macau continua a ser a área mais afetada, mas a agência Lusa também confirmou a existência de casas sem água na Taipa e em Coloane. A origem do problema na península está na estação de tratamento de águas da Ilha Verde, que abastece mais de metade da península.