No final de julho o presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou, via Twitter, que os “indivíduos transgénero” deixariam de ser aceites nas forças armadas. Segundo Trump estes acarretam custos médicos “enormes” e causam “perturbação”. E garantia:
Depois de consultar os meus Generais e especialistas na área militar, decidi que o Governo dos Estados Unidos não irá aceitar ou permitir indivíduos transgénero de servir, em qualquer função, o Exército norte-americano. Os nossos militares têm de estar concentrados numa vitória definitiva e esmagadora, não podendo receber o ónus dos custos médicos tremendos e a perturbação que pessoas transgénero no exército iriam implicar”.
Os indivíduos transgénero estiveram impedidos, historicamente, de servir as Forças Armadas, por existir uma proibição vinda do Pentágono. Mas com Barack Obama, antecessor de Donald Trump na Casa Branca, essa proibição foi suspensa. Apesar de ter garantido que iria defender os direitos da pessoas LGBTI durante a campanha eleitoral, Donald Trump acabou por voltar atrás na suspenção de Obama e a proibição regressou.
Segundo escreve o New York Times, Trump assinou esta sexta-feira uma diretiva que impede novamente os indivíduos trangénero de se alistarem e servir nas forças armadas. Contudo, o presidente dos Estados Unidos confere ao secretário da Defesa norte-americano Jim Mattis o poder de decidir se os indivíduos trangénero que já servem as forças armadas devem ou não continuar nas fileiras.
Um alto funcionário da Casa Branca confirmou ao New York Times que as decisões de Mattis vão basear-se em critérios como a “eficácia militar” e as “preocupações orçamentais”. O secretário da Defesa norte-americano tem agora seis meses para desenvolver um plano e implementar a diretiva de Trump. Esta diretiva também se aplica ao Departamento de Segurança Interna e à Guarda Costeira.