O Governo de Macau criou esta segunda-feira uma comissão de resposta a catástrofes, na sequência da passagem do tufão Hato, que causou pelo menos dez mortos, mais de 200 feridos e deixou um rasto de destruição.

Num despacho publicado, em Boletim Oficial, pelo chefe do Executivo, “é criada a Comissão para a Revisão do Mecanismo de Resposta a Grandes Catástrofes e o seu Acompanhamento e Aperfeiçoamento”.

A comissão tem como objetivo “rever o atual mecanismo de gestão de crises, designadamente a previsão meteorológica, a coordenação dos trabalhos de proteção civil, a coordenação da divulgação de informações, bem como o estado das respetivas infraestruturas”.

Além disso, a comissão terá como função “apresentar um plano geral sobre a gestão de crises no futuro, visando potenciar os efeitos sinergéticos da gestão de crises, designadamente no que respeita à uniformização do planeamento, da ação e da divulgação de informações, como forma de elevar a capacidade de resposta a crises, e assim, proteger efetivamente a segurança da vida e dos bens dos residentes”.

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Segundo o despacho, a comissão vai rever o impacto dos danos causados pelo Hato, o tufão mais forte em 50 anos, que atingiu Macau na quarta-feira e causou centenas de incidentes, incluindo quedas de árvores, de reclames, andaimes e inundações. Quatro dias depois, o território voltava a sentir uma nova tempestade, o Pakhar, que causou oito feridos.

Será também função desta comissão reforçar “o grau de atenção dispensada para a consciencialização de crises na sociedade” e as “capacidades em termos de previsões meteorológicas atempadas e precisas”, entre outras tarefas.

A comissão é presidida pelo chefe do Executivo e composta pelos cinco secretários, pelo comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários e o diretor-geral dos Serviços de Alfândega.