Os 20 membros da tripulação de um navio chinês intercetado, há duas semanas, com toneladas de espécies protegidas ao largo do arquipélago das Galápagos, no Equador, foram condenados, no domingo, a penas de prisão e de multa.

A sentença determinou quatro anos de prisão o capitão do barco; três para os seus ajudantes mais próximos e um ano de cadeia para os restantes membros da tripulação, disse fonte do Parque Nacional Galápagos à agência de notícias espanhola Efe.

Os membros da tripulação do cargueiro chinês “Fu Yuan Yu Leng 999” foram ainda condenados ao pagamento de indemnizações e de multas, cujos montantes envolvidos vão de 127.000 até dois milhões de dólares (de 106.000 até 1,6 milhões de euros).

O barco foi apreendido na reserva marinha das Ilhas Galápagos com toneladas de espécies protegidas, entre as quais tubarões martelo, os quais figuram da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza.

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O “Fu Yuan Yu Leng 999” transportava carga ilegal que incluia mais de 6.600 tubarões, cujas barbatanas são muito apreciadas na Ásia.

A tonelagem e o tamanho do navio tornaram este no maior caso de pesca ilegal nas águas do arquipélago, onde 17 embarcações foram apreendidas nos últimos três anos pelo mesmo tipo de delito.

O arquipélago das Galápagos, situado a 1.000 quilómetros a oeste do Equador, é um ecossistema frágil, que abriga o maior número de diferentes espécies animais do planeta.

Em 1979, a Reserva Natural tornou-se o primeiro Património Mundial da UNESCO (Agência da ONU para a Educação, Ciência e Cultura).

O arquipélago, que recebeu o nome devido às suas gigantes tartarugas marinhas, serviu como laboratório natural para o cientista britânico Charles Darwin, que ali desenvolveu a sua teoria sobre a evolução e seleção natural das espécies.