A candidata do CDS-PP à Câmara de Lisboa, Assunção Cristas, apresentou esta quarta-feira o seu programa de candidatura e dedicou uma boa parte da conferência de imprensa à questão da mobilidade e do estacionamento na capital, que considera ser um dos grandes problemas vividos pelos lisboetas. Entre as propostas da centrista para a cidade no que toca ao estacionamento está a criação do Lisboa Parque, um “programa generoso para facilitar a vida aos moradores da cidade”. O programa inclui três medidas:

  • Atribuição de uma segunda zona de estacionamento gratuito na cidade a todos os moradores, além da zona de residência;
  • Estacionamento gratuito nos primeiros 20 minutos em qualquer zona da cidade, para residentes;
  • Desconto de 50% para moradores nas tarifas da EMEL — que “deve ser amiga dos lisboetas e não uma caça-multas como até agora”.

No que toca à mobilidade em Lisboa, Cristas defende um “plano integrado de mobilidade em que a expansão do metro é a coluna vertebral” e em que os autocarros e elétricos da Carris devem apoiar nas deslocações de proximidade. A candidata centrista apresentou como objetivos fundamentais a redução, em média, do tempo de viagem entre casa e o trabalho em 10 minutos; a transição gradual da utilização do automóvel para transportes coletivos; a taxa de ocupação dos veículos que circulam na cidade e ainda a redução das emissões de CO2.

Mais lugares de estacionamento

Para “dar voz aos cidadãos nesta matéria”, Cristas propõe a criação de um Conselho Municipal de Mobilidade, cuja consulta deverá ser obrigatória para todas as tomadas de decisão relativas à mobilidade e transportes. Reconhecendo que no futuro haverá uma tendência para a redução do número de veículos a circular na cidade, Cristas sublinhou que “essa não é a realidade agora”, e que por isso não se pode “tratar mal” os moradores, para quem “o estacionamento é um aspeto crítico”. Por isso, Cristas propõe também a criação de mais lugares de estacionamento, designadamente através da construção de silos de estacionamento.

No que toca à sustentabilidade ambiental, a candidata do CDS-PP propõe a criação de uma “Bolsa Verde”, uma bolsa de incentivo aos habitantes de Lisboa “para tornarem as suas residências mais eficientes do ponto de vista energético e hídrico”, através de benefícios atribuídos em função de objetivos concretos que sejam atingidos pelos residentes. Ao mesmo tempo, Cristas inclui no seu programa de candidatura a intensificação do trabalho em zonas verdes “que não estão a ser potenciadas”, dando como exemplos Monsanto e o Parque Eduardo VII, mas sem concretizar o que entende por “intensificar o trabalho”.

Cristas destacou também os desafios sociais de uma cidade muito envelhecida, destacando dois objetivos: acompanhar os mais idosos que estão numa fase de dependência e, ao mesmo tempo, trabalhar para ter mais crianças, mais jovens e mais famílias na cidade. Para responder a estes problemas, a centrista defende a implementação de um sistema de creches que cubra 100% do concelho e a criação de uma rede de apoio social que una instituições públicas e privadas, com apoio da Santa Casa da Misericórdia, que desenhem um “plano com objetivos comuns” para combater as situações de isolamento na velhice.

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