Rui Costa é uma espécie de herói nacional. Como autor do penálti decisivo na final do Mundial sub-20 em 1991, vs Brasil, a sua figura agiganta-se a cada passo na seleção principal: Euro-96, Euro-2000, Mundial-2002, Euro-2004. Stop.

Stop à carreira internacional e stop à conversa. É aqui o nosso foco, Rui Costa no Europeu em Portugal. Começa a titular e é desviado para o banco de suplentes, na sequência da estreia desastrosa (2-1 para a Grécia no Dragão). Marca à Rússia, no jogo seguinte, a passe de Ronaldo. E volta a marcar, à Inglaterra, nos quartos-de-final. Quem não se lembra, certo? Ele recebe a bola, arranca decidido e, bem fora da área, acerta um pontapé virtuoso. James nem a toca. Óbvio. É o seu último golo por Portugal e conta para o Milan — aliás, Rui Costa é campeão italiano pela única vez nessa época de 2003-04. Daí para cá, mais nenhum golo da seleção pelo Milan. Até chegar André Silva.

É uma questão de tempo. O homem troca o Porto pelo Milan e vai picar o ponto. Como sempre, na qualificação para o Mundial-2018. O cruzamento de Ronaldo é um mimo, basta-lhe entrar com tudo para garantir a vantagem. Assim é, golo igual a vitória. Qualquer coisa como 17 anos depois, o Milan entra na contabilidade de Portugal. Pela sétima vez. Como o Inter, aliás (Conceição-6, Figo-1).

Outros dados curiosos do 1-0 em Budapeste

É a terceira vitória seguida na Hungria: 3-1 em 1998 (Sá Pinto, Sá Pinto e Rui Costa) mais 1-0 em 2009 (Pepe)

É a sétima vitória seguida fora para a qualificação do Mundial a um domingo (o último ponto perdido data de 1969, na Suíça: 0-0)

É o quinto 1-0 fora na era Fernando Santos (recordista nesta matéria, muito à frente de Manuel da Luz Afonso-3 e Carlos Queiroz-3)

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