Jerónimo de Sousa criticou o PS de ceder a “imposições” da União Europeia durante o discurso que encerrou mais uma edição da Festa do Avante!. A crítica começou por ser feita ao PSD e ao CDS e à “obediência cega às imposições, chantagens e constrangimentos” de Bruxelas, mas alastrou-se ao PS.

Também o PS pode continuar a falar da compatibilidade do desenvolvimento do país com tais imposições e constrangimentos mas, contrariamente ao que afirmam, não há compatibilização possível entre uma política socialmente justa, de real desenvolvimento do país, e as imposições a que a União Europeia nos sujeita”.

O secretário-geral do PCP afirmou que as “políticas impostas pela UE defendem interesses contrários aos dos trabalhadores do povo”.

Jerónimo de Sousa falou durante quase uma hora, tempo em que apresentou um caderno de encargos para as negociações com socialistas, insistindo no descongelamento de carreiras e na reposição do valor do trabalho extraordinário e do trabalho noturno na função pública. A “rentrée política comunista”, marcada pelo Avante, acontece numa altura em que o Governo e os partidos que o apoiam no parlamento negoceiam o Orçamento do Estado para 2018, sendo que as bandeiras do PCP são ainda o alívio fiscal para os rendimentos mais baixos e o aumento de pensões.

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Ao longo do discurso, Jerónimo de Sousa pediu “mais força à CDU” para “fazer avançar os valores da reforma” — o PCP quer um aumento mínimo de 10 euros para todas as pensões –, mas também para “fazer avançar o investimento público”. O secretário-geral do PCP quer ainda “assegurar o aumento geral de salários e o aumento extraordinário do salário mínimo nacional para 600 euros” em janeiro de 2018.

A eleição de mais candidatos da CDU em 01 de outubro é a garantia, em cada freguesia e concelho, de um trabalho ao serviço das populações e de uma resposta aos seus problemas. É esse o objetivo direto destas eleições”, avançou Jerónimo de Sousa

Jerónimo de Sousa, que garantiu que a CDU é a força política que mais candidaturas apresenta aos órgão municipais em tempos de eleições autárquicas, marcadas para 1 de outubro, diz que esta é “a verdadeira política alternativa contra aquela que levou o país à crise e ao retrocesso”.