As forças armadas sul-coreanas dispararam mísseis esta segunda-feira, que explodiram no mar, para simular um ataque contra o principal local de testes nucleares da Coreia do Norte, um dia depois do maior rebentamento nuclear alguma vez feito por Pyongyang.
A ação militar sul-coreana também surge depois de os Estados Unidos terem alertado o regime norte-coreano acerca de uma “resposta militar maciça” à detonação nuclear de domingo, que Pyongyang diz ter sido uma bomba de hidrogénio.
As ameaças norte-americanas e as manobras militares sul-coreanas parecem estar a tornar-se na resposta habitual dos dois países aos testes e lançamentos de mísseis da Coreia do Norte, cujos programas de armamento visam dotar os arsenais de Pyongyang com mísseis com ogivas nucleares capazes de atingir o território dos Estados Unidos.
O exercício com fogo real da Coreia do Sul visou dar “um forte aviso” à Coreia do Norte, informou o Ministério da Defesa sul-coreano. Envolveu caças F-15 e mísseis balísticos “Hyunmoo” lançados a partir do território sul-coreano e que explodiram no mar do Japão.
O alvo foi fixado tendo em conta a distância para o local de testes nucleares da Coreia do Norte. O exercício visava igualmente apurar os ataques de precisão e o corte das linhas de abastecimento, informou a liderança das forças armadas sul-coreanas.
O Ministério da Defesa da Coreia do Sul adiantou também que a Coreia do Norte parece estar a planear mais um lançamento de mísseis, possivelmente de um míssil balístico intercontinental (ICBM), ainda que não se saiba quando.
O teste nuclear do passado domingo, o maior da Coreia do Norte até à data, foi o sexto desde 2006. Surgiu poucos dias depois do lançamento de um míssil que sobrevoou o Japão, a 29 de agosto.
Um responsável do Ministério da Defesa sul-coreano estimou que a explosão nuclear de domingo resultou de uma bomba com cerca de 50 quilotoneladas, o que representaria “um aumento significativo” da capacidade nuclear do país.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas iniciou hoje a sua segunda reunião de emergência sobre a Coreia do Norte no espaço de uma semana.