A investigação aos ataques nas Ramblas e em Cabrils continua e chegam mais detalhes dos movimentos dos terroristas antes dos atentados. Com isso, as autoridades fazem também novos cenários e hipóteses relativamente ao plano que estaria pensado por estes atacantes.

Conta o El Mundo que o pior dos cenários traçados crê que os terroristas podiam ser um comando itinerante do Estado Islâmico e estar em contacto com um ou vários abaaouds europeus – o termo “abaaouds” é a maneira como os especialistas se referem a jihadistas quem têm características semelhantes a Abdelhamid Abaaoud, o considerado cérebro dos atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris, no Bataclan e que aliciava vários terroristas para a Europa.

Isto porque alguns especialistas não acreditam que a ordem para o ataque em Barcelona tenha vindo do imã de Ripoll nem da Síria, mas sim que alguém mais próximo tenha dirigido os atentados. Segundo a ABC, os dois membros da célula de Ripoll teriam viajado a Zurique e Paris em 2016 para contactar com alguém a que chamam de “formador de formadores” – indivíduos enviados pelo Daesh para ajudar grupos terroristas locais na preparação desses atentados.

Esta mais recente teoria avança que vários membros do Daesh se terão dissipado pela Europa desde a desagregação da base em Raqqa. Isso terá levado à propagação de vários “abaaouds” pela Europa que se encarregariam de impulsionar células para se estabelecerem no continente. Desta forma, este cenário acredita que é da Europa que vários destes abaaouds recrutam e preparam outros membros jihadistas.

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A investigação procura saber se um (ou mais) destes abbaouds está por detrás do desenvolvimento da célula dos atentados de Barcelona e se se reuniram com alguns desses membros. Os especialistas estão convencidos de que Abdelbaki es Satty não era o único chefe da célula e que o verdadeiro líder estará instalado numa das cidades europeias por onde alguns dos membros dos ataques a Espanha terão passado antes dos ataques.

Esta versão dos acontecimentos explicaria alguns detalhes que não estão esclarecidos para as autoridades, como o porquê de os membros da célula terem decidido seguir com os atentados e alterar o objetivo e método, depois da explosão de Alcanar. Ou o porquê de Younes Abouyaaqoub (autor do atropelamento nas Ramblas) e de Omar Hichamy terem realizado viagens a Paris, Bélgica, Suíça ou Áustria sem Abdelbaki es Satty. As autoridades especialistas em terrorismos acreditam que terá sido numa dessas viagens que terão recebido o plano B e qual o método a aplicar para o ataque, tendo-se distribuido por três casas para preparar o plano.

Abdelbaki Es Satty: o imã que esteve preso e que pode ser o líder da célula terrorista da Catalunha