O Facebook pode estar a estudar formas de fazer render o WhatsApp, comprado por 22 mil milhões de dólares em 2014. Já na altura a empresa de Mark Zuckerberg acreditava ser capaz de retirar lucro da aplicação de troca de mensagens.

Agora, está a planear cobrar dinheiro às empresas e entidades que utilizem o serviço para comunicar com clientes, explicou o diretor de operações do WhatsApp, Matt Idema, à Fox Business. Em causa está uma ferramenta recentemente adicionada que permite que os utilizadores comuns entrem em contacto direto com a empresa.

“Queremos construir uma base para permitir que as pessoas entrem em contacto com empresas e negócios e para que obtenham a resposta que pretendem”, explicou Matt, não descartando a possibilidade de “cobrar a esses negócios no futuro”.

Ao contrário do Messenger, que depende de publicidade para ter lucro, o modelo de negócio do WhatsApp envolverá uma linha de comunicação direta entre o cliente e a empresa que permitirá que o utilizador receba notificações da entidade que segue. Para que os utilizadores consigam distinguir os seus contactos pessoais das empresas, o WhatsApp está a estudar lançar um ícone de verificação, à semelhança do que é feito nas páginas do Facebook, Twitter e Instagram. E Matt Idema não descarta que o WhatsApp venha a integrar anúncios na sua interface.

A boa notícia é que não haverá espaço para spam: os utilizadores terão de aprovar que a empresa os contacte e, igualmente, poderão bloquear contactos indesejados. Contudo, pode abrir uma porta a um maior número de casos de fraude e phishing.

Várias empresas na Europa, Brasil, Índia e Indonésia já utilizam esta ferramenta de forma experimental, como por exemplo a KLM Royal Dutch Airlines. Em Portugal, por exemplo, o Centro Comercial Colombo, em Lisboa, também já utiliza o serviço.

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