Um homem de 58 anos está internado no Hospital da Horta, na ilha do Faial, com um diagnóstico de legionella, disse esta quarta-feira à agência Lusa a coordenadora de saúde pública dos Açores, Ana Rita Eusébio.

“Temos neste momento um caso de legionella num doente que está atualmente internado. O que posso dizer é que esta é uma situação isolada, não se pode relacionar com nenhuma outra situação. Portanto, não são conhecidos casos de propagação da doença através de ingestão de água contaminada e não há razão para alarme”, afirmou Ana Rita Eusébio.

O homem de 58 anos que está infetado com a doença do legionário é habitante na freguesia das Bandeiras e trabalhador da Cofaco, empresa açoriana de conservas, no concelho da Madalena do Pico.

Segundo a responsável máxima pela saúde pública nos Açores, sendo a legionella uma doença de declaração obrigatória, foi acionado de imediato o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE), sistema que “é disparado” sempre que há perigo para a saúde pública.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Assim que houve o diagnóstico laboratorial ao nível hospitalar desta doença, foi feita a notificação no SINAVE e, de imediato, foram tomadas as medidas. Portanto, numa primeira fase, a realização de um inquérito epidemiológico e, numa segunda fase, o estudo ambiental para avaliação de possíveis fontes de infeção”, disse.

Ana Rita Eusébio adianta que os “resultados” das análises feitas à água serão conhecidos “dentro de uma semana”, sendo que foram retiradas amostras em vários locais de acordo “com a história do doente” e “onde esteve” nos últimos dias.

A coordenadora de saúde pública dos Açores confirmou ainda à agência Lusa que alguns reservatórios de água nos locais onde foram retiradas amostras foram encerrados “por uma questão de prevenção”.

“Faz sentido até termos um resultado que indique que não temos nenhuma contaminação nessa área, faz sentido em termos preventivos isolar e, atendendo que era possível outra fonte de água, foi apenas por uma questão de prevenção o isolamento desses locais”, sublinhou.

Sem querer avançar “informação clínica confidencial”, Ana Rita Eusébio lembrou ainda que “a gravidade da doença do legionário varia consoante o histórico clínico e os fatores de risco” de cada pessoa.