As autoridades portuguesas estão a acompanhar pelos canais diplomáticos e a avaliar as implicações da decisão dos Estados Unidos de acabar com o programa que protege 800 mil jovens indocumentados que chegaram ao país quando eram crianças.

Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, afirmou que Portugal está a “acompanhar a situação” e que o embaixador português está a “procurar perceber quais são as implicações que esta lei terá e os contornos do anúncio que foi feito”.

O governante sublinhou, quanto a esta matéria, que este tipo de decisão abrange várias comunidades estrangeiras e que as alterações às leis de imigração estão a acontecer por vários locais, não só nos Estados Unidos, dando como exemplo a França.

José Luís Carneiro lembrou ainda que o problema dos cidadãos indocumentados — parcialmente, uma vez que muitas vezes têm documentação da segurança social e finanças, faltando apenas o relativo aos serviços de imigração — também ocorre noutros países como a Suíça e o Reino Unido. “É um problema complexo e global, não se pode apenas focalizar nos Estados Unidos”, acrescentou.

A Casa Branca anunciou na terça-feira que vai terminar de forma gradual com o programa que protege 800 mil jovens indocumentados que chegaram aos EUA quando eram crianças, dando um prazo de seis meses para o Congresso encontrar uma solução legal para as pessoas protegidas pelo programa.

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