Numa altura em que os construtores automóveis começam a voltar-se, cada vez mais, para soluções de mobilidade alternativas, a Mazda luta para não deixar cair tecnologias já conhecidas, como é o caso dos motores rotativos de combustão interna Wankel. O fabricante de Hiroshima não só acredita que têm ainda potencial para evoluir, como está apostado em prová-lo.

Publicamente colocada num estado de letargia a partir de 2002, ano em que a marca decidiu acabar com o desportivo RX-7, a tecnologia Wankel continua, afinal, a ser alvo de desenvolvimento por parte da Mazda. Facto confirmado pelo director executivo do Centro de Pesquisa Técnica e Desenvolvimento de Sistemas de Controlo Integrado da marca japonesa, Mitsuo Hitomi. “Continuamos a desenvolver a próxima geração de motores rotativos”, revelou à australiana Wheels Magazine.

No entanto, Hitomi reconhece que, neste momento, “já não é possível evoluir os motores rotativos para que atinjam patamares de emissões idênticos ao dos actuais motores de combustão”. Razão pela qual a Mazda se concentra em “desenvolver vários tipos de sistemas de controlo de emissões, capazes de assegurar as condições ideais”.

Já sobre a questão crónica que afecta este tipo de propulsores, a propagação da chama, um outro responsável da Mazda, Hidetoshi Kudo, admite que continua a ser um problema. “Estamos a investigar a possibilidade de recorrer a uma espécie de ignição por laser, ou por plasma, embora a solução por laser se mostre desde já muito cara”, adianta.

Kudo sublinha que o motor rotativo é “muito importante para a Mazda”, ainda que muitos dos accionistas não se mostrem totalmente convencidos do seu potencial, tendo em conta os fortes investimentos que são necessários para dar continuidade ao seu desenvolvimento.

Contudo, e porque a Mazda comemora 100 anos de existência em 2020, este poderá vir a ser o ano escolhido para dar a conhecer as últimas evoluções tecnológicas. Porque não, uma evolução do motor rotativo?

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