Se mais de 44 mil estudantes entraram nas universidades e politécnicos públicos para tirar uma licenciatura, quase 7.000 vão chegar aos politécnicos para frequentar Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP). É essa a previsão das instituições públicas que falam em 6.817 novos alunos neste ano 2017-2018, face aos 6.156 do ano anterior, de acordo com os dados da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) revelados este domingo.

Desse total, a maior fatia vai para o Politécnico de Leiria, que estima receber 1.081 novos alunos, seguido do Politécnico de Bragança que aponta para 701 alunos novos e os Politécnicos de Setúbal e de Viana do Castelo com 626 e 625 novos estudantes, respetivamente.

São 14 os politécnicos que oferecem esta formação, aos quais se juntam as unidades de ensino politécnico das universidades dos Açores, Algarve, Aveiro e Madeira e ainda a Escola Superior Náutica Infante D. Henrique.

Se por um lado há mais alunos, por outro também há mais cursos. Neste ano letivo de 2017-2018 estarão em funcionamento 664 cursos, mais 13 do que no ano letivo passado, com capacidade para ensinar mais de 20.500 alunos em 107 localidades.

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Os privados também estão cada vez mais envolvidas. Neste momento, há 8.287 empresas e organismos com protocolos assinados com as instituições de forma a permitir a realização de estágios em contexto de trabalho a cerca de 23.500 estudantes, refere a DGES.

Os cursos técnicos superiores profissionais, que eram frequentados por 11 mil alunos no ano passado (incluindo politécnicos privados), são cursos superiores com a duração de dois anos, que não conferem grau, mas dão diploma de técnico superior. Muito orientados para uma atividade profissional, caracterizam-se pela preponderância da componente prática. Podem concorrer alunos que tenham concluído o 12.º ano em qualquer modalidade de ensino.

Esta oferta formativa superior arrancou em 2005, com a denominação de Cursos de Especialização Tecnológica (CET), mas foram alterados em 2014-2015 para os atuais CTeSP. Nesse ano abriram apenas 19 cursos, com 405 alunos, sendo que no ano seguinte o número de cursos cresceu logo para 308.

Os CTeSP pretendem, sobretudo, dar resposta aos mais de 23 mil alunos que todos os anos terminam o ensino secundário pela via profissionalizante. É que “apenas 15% dos estudantes oriundos dos cursos profissionais e 55% dos estudantes oriundos dos cursos artísticos especializados se encontram, no ano imediato, a adquirir, em Portugal, uma nova qualificação”, lê-se na nota informativa enviada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Os estudantes podem, depois de completarem os CTeSP, ingressar numa licenciatura ou num mestrado integrado através de concursos realizados por cada instituição de ensino superior e da aprovação numa prova específica. Ficam dispensados da prova se tiverem concluído o CTeSP no mesmo politécnico, ou caso tenham aprovação, no âmbito do CTeSP, em disciplinas da área da prova de ingresso. Se quiserem ir para o ensino universitário, a candidatura depende da realização das provas de ingresso exigidas para o ingresso no curso (exames 12.º ano).