A chanceler alemã, Angela Merkel, mostrou-se favorável a uma negociação direta com a Coreia do Norte sobre o programa nuclear daquele país, à semelhança do que aconteceu com o Irão.

“Se se deseja a nossa participação nessas negociações, direi imediato que sim”, afirmou a chefe do Governo alemão, em entrevista ao jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung, este domingo.

Merkel remeteu depois para os resultados alcançados durante a negociação sobre o programa nuclear iraniano, na qual participou a Alemanha, juntamente com a União Europeia e os cinco membros com direito a veto no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).

Foi um caminho “longo”, mas “importante”, acrescentou, mas que levou a um “bom resultado” e cujo formato poderia contribuir positivamente para conflito com o programa nuclear norte-coreano, considerou.

“A Europa e especialmente a Alemanha devem estar dispostas a participar ativamente” numa solução diplomática, defendeu a chanceler.

Merkel mostrou-se ainda disponível para abordar esta questão na segunda-feira, numa conversa telefónica que terá com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Também o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, reiterou hoje que a multiplicação de ensaios nucleares e de mísseis balísticos da Coreia do Norte são uma “ameaça mundial” que requer “uma resposta mundial”.

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“Exigimos à Coreia do Norte que abandone os seus programas nucleares, os seus programas de mísseis e que se abstenha de prosseguir com outros ensaios, pois constituem uma flagrante violação das resoluções de segurança da ONU e constituem uma ameaça à paz e a estabilidade”, afirmou.

A União Europeia pediu uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, que se realiza na segunda-feira, para submeter a votação uma resolução com sanções adicionais contra Pyongyang depois do último teste militar do país, no último domingo, o mais forte de sempre, com uma bomba de hidrogénio.

A proposta inclui a proibição de venda petróleo à Coreia do Norte, da exportação de têxteis ao país e da possibilidade de cidadãos norte-coreanos trabalharem no país.