A EDP Renováveis fechou um contrato de fornecimento de energia eólica offshore (no mar) durante 15 anos na Escócia para a entrega de 950 megawatts (MW), anunciou esta segunda-feira ao mercado a empresa liderada por Manso Neto.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a subsidiária do grupo EDP informou que foi atribuído ao consórcio Moray Offshore Windfarm (East) um contrato de 15 anos para a entrega de 950 MW de geração eólica offshore e que pressupõe uma tarifa de 57,5 libras (cerca de 63 euros) por MW/hora, tarifa baseada em 2012.

Após a conclusão da fase de desenvolvimento, e da seleção de todos os parceiros e fornecedores para as diferentes fases de construção e operação, o consórcio poderá dar início à construção do parque eólico, o qual deverá estar concluído em 2022″, refere a empresa controlada pela EDP (82,6%).

De acordo com o presidente executivo da EDPR, João Manso Neto, citado na nota à comunicação social, “com o anúncio de hoje, a EDPR aumenta as suas opções de crescimento na área da energia eólica offshore num mercado atraente, melhorando e diversificando assim as soluções de crescimento de lucros a longo prazo da empresa, ao mesmo tempo que mantém um perfil de risco equilibrado”.

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A empresa destaca ainda o “empenho continuado” da EDPR no mercado eólico offshore do Reino Unido ao longo da reforma do mercado da eletricidade e na transição para os leilões de CfD permitiram uma dramática redução de custos, de 150 libras/MWh em 2014 para 57,5 libras/MWh hoje.

Este leilão demonstrou a real evolução da redução de custos e o nosso resultado mostra o quão acessível a energia eólica offshore pode ser em comparação com outras tecnologias, incluindo nova geração térmica”, refere.

A EDPR sinaliza que o Reino Unido precisa de mais infraestrutura de geração com baixa emissão de carbono para manter a segurança do abastecimento face a um futuro cada vez mais incerta, tendo já sido demonstrado o que pode ser conseguido neste local.

É do interesse do Reino Unido permitir-nos continuar este sucesso em outros locais”, indica.

O consórcio Moray Offshore Windfarm é detido pela EDPR (77%) e a ENGIE (23%).