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Cuidado, está quente: Organic Caffe Chiado

Este artigo tem mais de 5 anos

Nesta novidade, "saudável" é a palavra chave - afinal, a ementa é feita por uma naturopata especializada em nutricionismo. Se acha que a comida saudável é aborrecida prepare-se para ser surpreendido.

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O que interessa saber

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Nome: Organic Caffe Chiado
Abriu em: Agosto de 2017
Onde fica: Rua da Misericórdia, 139, Lisboa
O que é: O segundo espaço Organic a estrear, depois do original ter aberto no Estoril, em 2015. A comida e as bebidas foram criadas sobre a orientação de Mariana Pessanha, naturopata especializada em nutricionismo.
Quem manda: Mariana Pessanha
Quanto custa: Entre 20 a 25€ por pessoa.
Uma dica: Versatilidade é coisa que não falta nesta novidade, por isso, saiba que aqui não tem só de almoçar, jantar ou beber um copo. O espaço está aberto para o pequeno-almoço, lanche e tem brunch aos fins de semana.
Contacto: 21 3471644
Horário: das 8h às 00h, nunca fecha
Links importantes: Facebook e Instagram

A História

Mariana Pessanha era daquelas pessoas “que fazia muitas dietas”, quando ainda trabalhava na área do marketing. Com o tempo, esse registo nutricional começou a ter consequências e Mariana viu-se com “umas dores de estômago constantes”, que nenhum médico conseguia explicar. A solução para este problema acabou por vir de Londres, da Faculdade de Medicina Naturopática: “Quis ir perceber o que é que se passava comigo, nunca pensei vir a dar aulas ou fazer consultas”. Três anos de aulas e uma volta ao mundo depois (chegou a viver seis meses no Rio de Janeiro, enquanto trabalhava numa clínica), Mariana e o namorado regressam a Portugal — “porque em nenhum lado do mundo se encontram alimentos com a qualidade dos nossos”, diz — e uma nova fase da sua vida começa. Por incentivo de amigos, que viam pelas redes sociais os pratos saudáveis que fazia, Mariana começou a vender comida para fora. Começou a ritmo brando, mas em pouco tempo as encomendas tornaram-se mais que muitas e a cozinha de casa deixou de conseguir dar vazão. A procura por melhores condições de trabalho levou-a ao Palácio Estoril Golf & Spa Hotel, onde abriu (e cozinhou/desenhou a ementa) o primeiro Organic Caffe, que em maio deste ano celebrou o seu segundo aniversário. “Sempre quis ter qualquer coisa em Lisboa”, diz a naturopata. Resultado? Este novo espaço que acaba de abrir no Chiado, no local onde antes havia apenas um prédio abandonado.

A zona de bar, junto à sala de refeições. Todas as bebidas alcoólicas aqui servidas ou são de produção biológica ou estão associadas a causas sociais. © Diogo Lopes/ Observador

O Espaço

À primeira vista, quando se entra no número 139 da Rua da Misericórdia, não parece haver muito para ver. Um balcão normal de um lado e do outro umas zonas climatizadas onde funciona o grab & go, conceito americanizado que, trocado por miúdos, significa que há uma série de coisas para comer (na zona dos frios há sopas frias, sumos naturais e salada; na dos quentes, que só entrará ao ativo mais perto de outubro, vai haver wraps, sopas quentes e sanduíches) que o cliente pode pegar, pagar e levar consigo — está tudo já embalado e pensado para ser take-away. Contudo, apesar desta vertente (uma novidade para quem já estava habituado ao Organic original), há muito mais do que aquilo que aparenta. Primeiro, o mesmo sítio do balcão e da comida take-away é uma espécie de transformer da restauração: depois das 19h, as arcas são cobertas por uma cortina, o balcão perde a índole alimentar e vira bar de cocktails. Esta é uma das características mais surpreendentes do Organic Caffe Chiado. A outra, menos “fora da caixa”, apresenta-se ao fundo da escadaria dourada que dá acesso à sala de refeições (que também é acessível pela rua das traseiras, a das Gáveas, onde em breve haverá uma esplanada). Esta zona de assumido espírito tropical, onde padrões em verde e amarelo contrastam com a crueza da madeira de pinho, divide-se em duas partes: o bar/balcão e a zona de lugares sentados.

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Um dos pratos na ementa é esta batata doce assada, recheada com vegetais, ervas aromáticas e especiarias. Custa 8,50€. © Diogo Lopes/ Observador

A Comida

Como em tudo na vida, o meio-termo é (quase) sempre o melhor caminho, por isso, desengane-se quem achar que numa ementa desenhada por uma naturopata não há espaço para carne ou peixe. “Veganismo ou vegetarianismo não são regra numa dieta que se guia pela naturopatia”, explica Mariana Pessanha. A responsável por esta novidade defende que os vegetais e a fruta devem predominar em qualquer dieta, mas a proteína animal, em menor quantidade, também é importante. Ora se esta disciplina médica defende que a chave para uma vida saudável está naquilo que comemos, não há como ignorar a importância nutricional tanto da carne como do peixe. É por isso que aqui temos pratos como o bacalhau Organic — composto por lascas deste peixe com espinafres, nozes, mel e um puré de vegetais (escolhidos consoante aquilo que está em estação) — a 14€, ou o strogonoff de frango (esparguete de curgete com quinoa, tomate picado e frango), a 11€. Nesta ementa existem também, claro, alguns daqueles pratos que mais facilmente se associam à ideia de “comida saudável”, como a tapioca de frango e cogumelos, a 9,50€ ou a salada Low Carb (beterraba, cenoura, coentros, guacamole e nozes caramelizadas), a 7€.

Mariana diz que um dos maiores desafios deste projeto foi “fazer as cedências” inerentes a ter um restaurante nesta zona da cidade — a poucos metros do Bairro Alto e do Chiado. Café, por exemplo, é algo que a naturopata não aconselha (“serve para camuflar carências de sono ou de nutrientes”, explica), mas que não podia deixar de servir. O álcool também foi outra coisa que não podia negar. Apesar de não ser a coisa mais saudável do mundo, Mariana e a sua equipa (destaque para o trabalho do barman Telmo Pacheco) tentaram não só escolher vinhos, uísques e até mezcal feitos em produção biológica mas também tiveram o cuidado de criar cocktails feitos com alguns “super alimentos”, como spirulina, matcha ou bagas goji. O resultado? Uma bebida “meio-termo”, como a naturopatia defende.

“Cuidado, está quente” é uma rubrica do Observador onde se dão a conhecer novos restaurantes.

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