O ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu esta quarta-feira que a operação de repatriamento de portugueses nas zonas afetadas pelo furacão Irma vai durar “o tempo que for necessário”, salientando a presença de governantes no terreno para agilizar as operações.

“A operação demorará o tempo que for necessário”, vincou Augusto Santos Silva, à margem de uma apresentação do novo ano letivo do ensino do português no estrangeiro, que decorreu esta manhã no Instituto Camões.

“Temos medidas de contingência preparadas para todo e qualquer incidente que possa atingir os residentes portugueses no estrangeiro, e neste caso a devastação do furacão Irma na ilha de São Martinho e São Bartolomeu atingiu com severidade uma comunidade portuguesa e recebemos pedidos de repatriamento de algumas dezenas de membros dessas comunidades, sobretudo mulheres e crianças, filhos de portugueses que trabalham nessas duas ilhas”, explicou o ministro.

“Mobilizámos o meio mais expedito para o repatriamento, um C130 da Força Aérea que já se deslocou para perto do local e através da combinação entre meio marítimo e meio aéreo essas pessoas serão repatriadas”, acrescentou o governante. Algumas, disse, “já chegaram e outras estão a ser agrupadas neste momento em Guadalupe para que o avião C130 as possa transportar”.

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Na atualização das informações, Santos Silva destacou também que o diretor-geral e o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas “já partiram para Guadalupe para organizar no terreno a resposta portuguesa nessa operação”.

O balanço da passagem do furacão Irma pelas Caraíbas foi um dos mais graves na história recente da região, com o registo pelo menos 40 vítimas mortais.

O Irma – qualificado pela Organização Mundial de Meteorologia como o furacão mais forte de sempre no Atlântico – enfraqueceu na segunda-feira ao atravessar o estado norte-americano da Florida, perdendo a designação de furacão e passando a ser classificado como tempestade tropical.