Os 70 cidadãos afetados pelo furacão Irma nas Caraíbas e que estão a ser repatriados pelo Governo português devem chegar esta quinta-feira ao final da tarde ao aeroporto militar de Figo Maduro, disse à Lusa o secretário de Estado das Comunidades.

Os emigrantes, residentes nas ilhas de São Bartolomeu e São Martinho, partiram na quarta-feira ao final da tarde da ilha de Guadalupe a bordo de um avião C-130, acompanhados pelo diretor-geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas, Júlio Vilela, adiantou à Lusa o governante, José Luís Carneiro, que se deslocou àquela região.

No avião viajam um total de 70 pessoas, das quais 20 crianças, a grande maioria portugueses, mas também um cidadão romeno e uma brasileira. Dos cidadãos que são agora repatriados, 65 residem na ilha de São Bartolomeu e os restantes cinco em São Martinho.

A viagem incluiu uma escala em Belém, no Brasil, durante a madrugada, e outra na ilha do Sal, em Cabo Verde, onde chegaram ao início desta tarde, prosseguindo depois em direção a Lisboa.

O embaixador Júlio Vilela disse-me que as pessoas estavam muito bem-dispostas, a cantar o hino nacional e a dar vivas a Portugal”, relatou Carneiro.

No aeroporto de Figo Maduro, estarão à espera dos portugueses autocarros enviados pelos municípios de origem – a grande maioria do norte do país -, que os levarão para as localidades respetivas.

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O secretário de Estado referiu que os voos comerciais estão a ser restabelecidos nas Caraíbas, pelo que “as pessoas já têm condições para circular”, terminando assim a operação de evacuação realizada pelo Governo no âmbito de “uma situação de emergência” causada pela passagem do furacão Irma na região.

José Luís Carneiro, que se encontrava de manhã na ilha de Guadalupe, espera viajar ainda esta tarde para São Bartolomeu, onde reside o maior número de cidadãos nacionais – cerca de dois mil – e que foi muito afetada pela tempestade.

Segundo a contagem da agência Associated Press, o Irma fez 37 mortos nas Caraíbas, 13 na Florida, quatro na Carolina do Sul e dois na Geórgia, o que perfaz um total provisório de 56 mortos.