O secretário-geral da CGTP defendeu que a greve na Autoeuropa mostrou que a fábrica de Palmela “não vive acima da lei” e recusou comentar aquilo que considerou ser “declarações sem crédito” do líder da UGT sobre o assunto.

“Nós não comentamos declarações sem crédito que, neste caso concreto, só identificam as pessoas que as referem”, disse Arménio Carlos, durante uma conferência de imprensa sobre a posição da intersindical relativa ao Acordo Económico e Comercial Global UE — Canadá (CETA).

Questionado pelos jornalistas, o líder da CGTP reagiu assim às declarações proferidas ontem pelo dirigente da UGT, Carlos Silva, que acusou o SITE Sul (sindicato da CGTP) de “uma enorme irresponsabilidade” por ter avançado com a greve na Autoeuropa a 30 de agosto.

Para Arménio Carlos, o importante neste momento “não é esse tipo de matérias que foram proferidas por algumas pessoas”, mas sim “valorizar a responsabilidade, a firmeza dos trabalhadores porque, ao fazê-lo, disseram que a Autoeuropa não vive acima da lei em Portugal e não pode impor unilateralmente horários”.

O secretário-geral da CGTP considerou que o anúncio feito ontem pelo presidente executivo da Volkswagen, que afastou a hipótese de deslocalização da fábrica de Palmela foi “uma atitude sensata”.

“Ora aí está uma atitude sensata que, neste caso concreto, tem como destinatários aqueles que irresponsavelmente continuam a falar daquilo que não sabem ou, por má fé, continuam a atacar os trabalhadores”, concluiu Arménio Carlos.

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