O secretário-geral do PS, António Costa, disse este sábado que este Governo provou que um caminho diferente do que vinha sendo seguido pelo seu antecessor permitiu “ter melhores resultados” sem afetar as finanças públicas.

“Nós não tivemos só resultados diferentes, nós seguimos um caminho diferente para atingir estes resultados”, frisou o também primeiro-ministro, durante um comício no Rossio, em Viseu, realizado no âmbito das eleições autárquicas de 1 de outubro.

António Costa lembrou que se dizia que, para poder controlar as finanças públicas, “era necessário encerrar os serviços públicos, desinvestir na educação, desinvestir na saúde e, sobretudo, cortar salários, aumentar impostos e cortar nas pensões”.

“O que nós fizemos foi precisamente o contrário. Repusemos os vencimentos que tinham sido cortados e que as pessoas tinham direito a receber, aumentámos as prestações sociais, devolvemos aos pensionistas as pensões a que tinham direito e não fizemos o corte de mais 600 milhões de euros que a direita se preparava para fazer se hoje estivesse no governo”, acrescentou.

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No seu entender, atualmente, quer as famílias portuguesas, quer as empresas, têm tranquilidade, esperança e confiança.

O líder socialista referiu que “é esta confiança que faz a diferença” e lembrou uma conversa que teve com uma mulher numa loja da Rua Direita, na cidade de Viseu, durante a campanha eleitoral.

“Disse-me: ‘o senhor tem razão, é necessário fazer tudo o que diz que quer fazer e eu até acredito em si e que o vai fazer, mas eu tenho muito medo que, se fizer isso, devolvendo os salários, as pensões, as prestações sociais, baixando o IRS, o país volte a ficar mal nas suas finanças públicas'”.

António Costa afirmou ter percebido nessa altura que “muita gente tinha medo”.

“Mas hoje a nova confiança que há no PS é porque o PS provou, ao fim de dois anos, que honrando a sua palavra, tendo cumprido tudo aquilo que prometeu, as finanças públicas estão hoje melhor”, sublinhou, prometendo “continuar a investir no que é essencial”, em áreas como a educação e a saúde.

O secretário-geral do PS considerou “fundamental dar continuidade a esta política, que tem combinado a preocupação central da melhoria das condições de vida das pessoas, que tem dado prioridade ao crescimento da economia e do emprego, mas que não deixa de dar atenção ao rigor na gestão orçamental”.

“Para que não voltemos a correr nenhum risco e tudo aquilo que ganhámos nestes dois anos não seja de novo perdido e não haja de novo um retrocesso como aconteceria se a direita voltasse a ganhar as eleições em Portugal”, acrescentou.

À Câmara de Viseu concorrem o atual presidente, Almeida Henriques (PSD), Lúcia Araújo Silva (PS), Paula Jacinta Amaral (CDS-PP), Filomena Pires (CDU), Fernando Figueiredo (BE) e Carolina Almeida (PAN).