O ministro dos Negócios Estrangeiros assegurou este domingo que Portugal está “totalmente comprometido” com a NATO em torno do tratado de não proliferação de armas nucleares, destacando a importância da sua plena aplicação.

“A posição portuguesa é muito simples: estamos totalmente comprometidos com o tratado de não proliferação das armas nucleares. Pertencemos a uma aliança político-militar, que é a NATO, e evidentemente que concertamos as nossas posições no interior da Aliança a que pertencemos. Todos os nossos aliados sabem que podem contar com Portugal, porque Portugal não toma posições unilaterais no contexto da Aliança”, afirmou Augusto Santos Silva.

Questionado pelos jornalistas, à margem de uma visita aos empresários portugueses presentes em Milão, Itália, na maior feira de calçado do mundo — a MICAM, sobre o que espera da 72.ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, onde participará em várias reuniões na próxima semana, o ministro dos Negócios Estrangeiros destacou como “uma discussão muito importante” o tema da “possibilidade de assinatura de um tratado de proibição das armas nucleares”.

“A posição da NATO certamente evoluirá, mas na fase em que nós estamos o que é importante é que o tratado de não proliferação das armas nucleares seja plenamente aplicado, e infelizmente não tem sido”, afirmou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Segundo Santos Silva, há que “olhar” para o “caso mais imediato” no momento – a ameaça nuclear da Coreia do Norte — cujas consequências podem ser imprevisíveis se falhar uma solução político-diplomática capaz”.

Conforme salientou, neste caso “Portugal também intervém ativamente, junto com a restante comunidade internacional, no sentido de poder resolver por meio de pressão económica e de soluções político-diplomática”.

“A NATO tem neste momento 29 Estados membros, dos quais um é Portugal, e nós concertamos a nossa posição com eles. Também concertamos a nossa posição no âmbito da União Europeia, que tem uma posição muito clara designadamente no sentido de ser absolutamente necessário evitar qualquer proliferação de armas nucleares”, concluiu o ministro.