A coordenadora do BE, Catarina Martins, insistiu numa “significativa baixa” do IRS, considerando que o alívio fiscal se deve concentrar nos “escalões que foram mais penalizados pelo gigantesco aumento de impostos” feito pelo anterior Governo PSD/CDS-PP.

Em declarações aos jornalistas durante uma visita ao Centro Hospitalar do Oeste, nas Caldas da Rainha, uma ação de pré-campanha para as eleições autárquicas, Catarina Martins foi questionada sobre entrevista à RTP do ministro das Finanças, Mário Centeno, na qual garantiu que o Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) vai contemplar um desagravamento fiscal para todos os escalões do IRS e reiterou que a sobretaxa vai ser extinta no próximo ano.

“O que nós achamos é que era bom tomarmos duas decisões: que houvesse uma baixa de IRS que fosse significativa e não uma medida que fosse apenas simbólica e que, havendo um alívio do IRS, ele se deve concentrar nos escalões que foram mais penalizados pelo gigantesco aumento de impostos que fez Vitor Gaspar”, explicou.

Para o BE, “é necessário aliviar os rendimentos do trabalho”.

Catarina Martins recordou que “qualquer mexida no IRS tem um efeito positivo sobre todos os rendimentos”, uma vez que se for criada “uma taxa intermédia para alguns rendimentos” haverá um “alívio positivo nos vários escalões”.

“Achamos que é possível, por um lado, aumentar o limiar de subsistência, ou seja, aquelas pessoas que ganham tão pouco que não pagam tão pouco que não conseguem pagar IRS e depois criar dois novos escalões, dividindo ao meio o segundo e terceiro escalão do IRS e assim conseguindo um alívio de impostos para todos os que vivem do seu trabalho, concentrado naqueles escalões que foram mais penalizados pelo aumento de impostos da direita”, explicou.

Esta é, de acordo com Catarina Martins, a proposta do BE, que aguarda “uma contraproposta do Governo”. “Quanto mais cedo este dossiê estiver fechado, melhor”, salientou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR