Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão vão realizar um exercício antimísseis no final deste mês, perante contínuos lançamentos da Coreia do Norte, anunciou esta segunda-feira um porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano.

O exercício está incluído num relatório que o Ministério enviou para a Assembleia Nacional devido ao último míssil de médio alcance lançado na sexta-feira pela Coreia do Norte, que percorreu 3.700 quilómetros e sobrevoou o norte do arquipélago japonês.

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O documento sublinhou que Pyongyang parece aproximar-se da “fase final” de desenvolvimento de um míssil balístico intercontinental (ICBM), com o qual poderia atingir o território norte-americano, e estimou que o regime continue a realizar “provocações estratégicas adicionais” a curto prazo com novos testes de armamento.

O exercício conjunto antimísseis vai realizar-se depois de dois projéteis norte-coreanos terem sobrevoado o Japão no último mês e num momento em que existem dúvidas sobre as capacidades reais dos aliados para intercetar um míssil de Pyongyang.

O relatório também explicou que o Pentágono planeia enviar um porta-aviões nuclear e o grupo de ataque para participar em manobras com as Forças Navais sul-coreanas em outubro, apesar de porta-vozes das Forças Armadas dos Estados Unidos na Coreia do Sul e do Comando do Pacífico terem afirmado que o destacamento não está confirmado.

O texto também não indicou qual dos porta-aviões da VII Frota será enviado para a península coreana. O porta-aviões nuclear norte-americano Carl Vinson já foi destacado, na passada primavera, para a região em resposta aos repetidos testes de armamento realizados este ano pela Coreia do Norte.