Os Estados Unidos da América (EUA) admitem encerrar a embaixada em Havana, a capital de Cuba, com suspeitas de que vários funcionários terão sofrido algum tipo de ataque sónico. Ainda não foi tomada uma decisão sobre o fecho da embaixada e retirada de todos funcionários, mas “temos essa possibilidade em avaliação”.

“Esta é uma questão muito séria, tendo em conta os problemas que algumas pessoas sofreram”, afirmou o secretário de Estado de Trump, Rex Tillerson, numa entrevista à CBS.

Ataque sónico? Funcionários da embaixada americana em Cuba com sintomas misteriosos

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A ideia de fechar a embaixada foi lançada por cinco senadores republicanos, na sexta-feira. O Departamento de Estado norte-americano admite que pelo menos 16 americanos sofreram de perturbações físicas com origem misteriosa. Há, também, cinco canadianos que também manifestaram sintomas de náuseas graves, perda de audição e perda de memória, além de dificuldades de equilíbrio (o que também pode estar relacionado com o aparelho auditivo).

Os problemas de saúde, sobretudo ao nível da audição, começaram a ser detetados em 2016, tendo mesmo levado em alguns casos ao uso de aparelhos auditivos. Os afetados receberam assistência médica nos Estados Unidos e em Cuba mas alguns optaram por permanecer em território cubano.

Os casos parecem, entretanto, ter deixado de ocorrer, mas há receio de que possa voltar a haver incidentes parecidos. Os EUA não acusam o governo cubano de estar por trás destes ataques, mas foram expulsos dois diplomatas cubanos dos EUA em maio. Cuba já desmentiu qualquer ataque e garante que está a investigar as alegações feitas pelos americanos.